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PSD questiona Governo sobre contratação de profissionais de saúde no Alto Minho

Os deputados do PSD eleitos por Viana do Castelo questionaram o Governo sobre a contratação de profissionais de saúde que assegurem, rapidamente, a abertura de hospitais de retaguarda criados na região, para apoiar idosos, foi hoje anunciado.

Na pergunta, entregue na quarta-feira na Assembleia da República (AR), e a que a agência Lusa teve hoje acesso, os deputados Emília Cerqueira, Jorge Salgueiro Mendes e Eduardo Teixeira afirmam que “o número de infetados no distrito é muito superior à resposta”, defendendo “urgência” na criação de outras soluções.

No requerimento enviado às ministras do Trabalho, Solidariedade Social e Segurança Social e da Saúde, os três deputados pretendem saber se o Governo “irá disponibilizar os recursos necessários à contratação de profissionais de saúde, médicos e enfermeiros e de equipamentos hospitalares que permitam colocar os hospitais de retaguarda criados na região rapidamente a funcionar, por forma a responderem às necessidades dos idosos com covid-19”.

Os deputados do PSD destacam que há idosos “que, apesar de terem recebido alta hospitalar, ainda necessitam de cuidados especializados de saúde e não podem ser transferidos para os lares que não têm os recursos médicos de que necessitam”.

Os sociais-democratas querem sabem, no caso de ser intenção do governo contratar esses profissionais de saúde, quando é que esse procedimento ocorrerá.

No requerimento, perguntam também se o Governo atenderá à ativação do Plano de Emergência Distrital, solicitado, na terça-feira, pela Comissão Distrital de Proteção Civil de Viana do Castelo, sendo que o aquele mecanismo está em vigor desde as 19:00 desse mesmo dia.

Os três deputados questionam ainda sobre a disponibilização “dos meios humanos e técnicos necessários para a planeada abertura, até final da semana, de um lar de retaguarda, com 50 camas, na Pousada da Juventude de Viana do Castelo para apoiar instituições de idosos do distrito que não tenham condições para isolar idosos infetados, mas sem sintomas da doença, ou recursos para garantir o seu acompanhamento”.

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 145 mil mortos e infetou mais de 2,1 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 465 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 629 pessoas das 18.841 registadas como infetadas.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa quatro mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria ou Espanha, a aliviar algumas das medidas.

Portugal regista 629 mortos associados à covid-19 em 18.841 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.

Relativamente ao dia anterior, há mais 30 mortos (+5%) e mais 750 casos de infeção (+4,1%).

Das pessoas infetadas, 1.302 estão hospitalizadas, das quais 229 em unidades de cuidados intensivos, e 493 foram dadas como curadas.

O decreto presidencial que prolonga até 02 de maio o estado de emergência iniciado em 19 de março prevê a possibilidade de uma “abertura gradual, faseada ou alternada de serviços, empresas ou estabelecimentos comerciais”.