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Parada Do Monte

Tentação de visitas pascais mantém Parada do Monte em cerco sanitário

O Presidente da Câmara de Melgaço justificou hoje a manutenção do cerco sanitário em Parada do Monte com a necessidade de evitar visitas pascais e pelo aumento de sete para note de casos de covid-19 na aldeia.

“Vamos manter o cerco sanitário em Parada do Monte até à próxima terça-feira por terem surgido mais dois casos, embora que circunscritos às famílias dos casos positivos. Entendermos também que, neste período da Páscoa, faz sentido que esta nota de isolamento seja afirmada e continue a ser sublinhada porque pode haver muita tentação, nesta fase, de ajuntamento de pessoas.

Queremos com isto dar nota de que é importante o recolhimento”, afirmou Manoel Batista.

No concelho de Melgaço, distrito de Viana do Castelo, segundo dados adiantados pelo autarca socialista, há 18 casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus.

O autarca socialista adiantou também que, na terça-feira, foi efetuada a desinfeção do centro de saúde da vila, após o aumento de cinco para nove o número de profissionais infetados por covid-19.

Segundo Manoel Batista, os testes realizados a 22 profissionais confirmaram a doença em quatro funcionários.

O centro de saúde tem cerca de 40 funcionários.

Na sexta-feira, a Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) comunicou o encerramento, temporário, da Área Dedicada à Covid (ADC) no centro de saúde de Melgaço, nessa altura com cinco profissionais de saúde contaminados.

Em comunicado enviado às redações, a administração da ULSAM informou que, “em alternativa, os utentes devem dirigir-se à ADC do Serviço de Urgência Básica (SUB) de Monção, a funcionar 24 horas por dia, ou à ADC do centro de saúde de Valença, em funcionamento das 00:08 às 20:00”.

A ULSAM é constituída por dois hospitais: o de Santa Luzia, em Viana do Castelo, e o Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima. Integra ainda 12 centros de saúde, uma unidade de saúde pública e duas de convalescença, e serve uma população residente superior a 244 mil pessoas, contando com 2.500 profissionais, entre os quais 501 médicos e 892 enfermeiros.

Portugal regista hoje 380 mortos associados à covid-19, mais 35 do que na terça-feira, e 13.141 infetados (mais 699), segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

O relatório da situação epidemiológica, com dados atualizados até às 24:00 de terça-feira, indica que a região Norte é a que regista o maior número de mortos (208), seguida da região Centro (96), da região de Lisboa e Vale do Tejo (68) e do Algarve, com oito mortos.

Relativamente a terça-feira, em que se registavam 345 mortos, hoje observou-se um aumento de 10,1% (mais 35).

De acordo com os dados da DGS, há 13.141 casos confirmados, mais 699, o que representa um aumento de 5,6% face a terça-feira.