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CM VIANA DO CASTELO

Viana fecha última década com volume de negócios de 2,8 mil milhões de euros

O presidente da Câmara de Viana do Castelo classificou, esta segunda-feira, de “notável” o desempenho da economia do concelho na última década, destacando um volume de negócios de 2,8 mil milhões de euros, 48% do total do Alto Minho.

José Maria Costa, que falava aos jornalistas para a apresentação de um estudo macroeconómico encomendado pela autarquia à CDE Consultores, sustentado “em indicadores fiáveis e oficiais do Instituto Nacional de Estatística (INE) e do Sistema de Análise de Balanços Ibéricos (SABI)”, referiu que esta avaliação servirá para definir a Agenda da Inovação que será lançada em 2021.

“Era importante fazermos a avaliação da última década para prepararmos os alicerces da próxima. Precisávamos de perceber qual o posicionamento do concelho, na região e no país, conhecer as grandes linhas e tendências do emprego, da formação e dos financiamentos, para podermos traçar o futuro”, referiu.

No pequeno almoço que promoveu hoje com os jornalistas, num hotel da cidade, o autarca apontou para “final de fevereiro, início de março” a instalação do Conselho de Desenvolvimento Estratégico que, “até final do ano”, analisará os indicadores daquele estudo com vista à elaboração da Agenda da Inovação que será apresentada “em janeiro de 2021”.

José Maria Costa sublinhou que essa “avaliação” terá de reunir “todos os parceiros, as instituições, cidadãos”. “Só poderá ser mesmo uma agenda da inovação se essa avaliação envolver todos. É essa a mobilização que queremos, com todos os cidadãos, instituições e com os grandes atores da economia para nos mobilizarmos para os desafios do futuro”, alertou.

Questionado se essa nova estratégia precisa da regionalização para ser concretizada, José Maria Costa disse “não ser necessária”, apesar de poder dar “um certo jeito”.

“Temos é de ter objetivos claros. O enquadramento institucional e as questões administrativas podem facilitar ou complicar o desenvolvimento. Temos um crescimento notável nestes 10 anos e não tivemos a ajuda da regionalização. Se tivéssemos, algum destes processos, teria sido mais célere”, referiu.

José Maria Costa destacou ainda que o crescimento da economia ficou a dever-se aos setores do “papel, construção/imobiliário, eólico, comércio, componentes automóvel, metalomecânica/metalúrgica e bens de equipamento, comércio e reparação automóvel e economia do mar”, que asseguraram “80% do valor total”.

Já as exportações de bens e serviços ultrapassaram, entre 2009 e 2018, “os mil milhões de euros, colocando Viana do Castelo no décimo sexto lugar do ‘ranking’ nacional e no segundo com maior crescimento desde 2009”.

“Se em 2009 Viana do Castelo exportava bens no valor de 315 milhões de euros, o valor praticamente triplicou para 800 milhões de euros em 2018, correspondendo a 42% do total do Alto Minho”, referiu.

Acrescentou que “o investimento empresarial global no período 2009-2018 foi superior a mil milhões de euros, com forte intensidade nos dois últimos anos, atingindo os 320 milhões de euros”.

“Viana do Castelo foi o segundo concelho da região Norte a conseguir, neste quadro comunitário de apoio, captar mais investimento para as atividades empresariais. É um concelho que atrai recursos e talentos e que está perfeitamente globalizado. Estamos muito mais abertos e flexíveis para os grandes desafios que temos pela frente”, reforçou.

No emprego, realçou que “em 2017 foram registados 31 mil postos de trabalho, correspondendo a 40% do emprego no Alto Minho”.

Os setores dos componentes automóveis, metalomecânica, metalurgia, eólico, turismo e tecnologias de informação foram os que mais contribuíram para a criação de emprego, concluiu.