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Navio da Marinha em missão nos Açores para “apoiar as populações” e “monitorizar” o mar

O navio patrulha oceânico ‘Setúbal’, da Marinha portuguesa, chegou a Ponta Delgada, nos Açores, no dia 17, onde vai ficar até 30 de dezembro para tarefas de “apoio às populações” e “monitorização” do espaço marítimo. 

“O navio tem como principais tarefas a busca e o salvamento marítimo e o apoio às populações, numa estreita relação com a Proteção Civil. Tem também a função de monitorização de presença naval no espaço marítimo, que assentará naquilo que é a afirmação de Portugal no mar”, avançou à Lusa o capitão-tenente Rui Zambujo Madeira, especificando o “combate à poluição”, ao “narcotráfico” e à “pesca ilegal” como algumas das tarefas atribuídas. 

O responsável também destacou que a embarcação foi construída nos estaleiros de Viana do Castelo e, tratando-se do mais recente navio da Marinha, a capacidade de dar respostas às missões foi “aumentada”.  

“Sendo um navio moderno, as capacidades acabam por ser aumentadas. Não só pelo facto de o navio ser muito automatizado e de ter uma capacidade de permanência no mar muita significativa, com autonomia de 60 dias. Mas também por via das suas dimensões, das suas monitorizações e por via do sistema integrado de gestão, que permite operar esta plataforma tão complexa com um número reduzido de elementos”, explicou o comandante da missão, que conta com 47 elementos a bordo. 

Na terça-feira, no âmbito de uma ação de divulgação das Forças Armadas intitulada ‘Alista-te por um dia’, o navio vai ser visitado por alunos do quarto ano de escolaridade. 

“Vai haver atividades conduzidas pelo exército de manhã e depois, da parte da tarde, aqui no navio (que vai estar atracado nas portas do mar) vamos realizar várias atividades, para que, de alguma forma, perceberem como é a vida na Marinha e como é a vida a bordo”, explica.

O ‘Setúbal’ não conta apenas ficar por São Miguel, tendo programado atividades em outras ilhas do arquipélago. 

“Durante o próximo mês vamos percorrer várias ilhas do arquipélago, não só no âmbito das atividades do ‘Alista-te por um dia’, mas também porque vamos participar no exercício SAREX, organizado pelo RCC Lajes (Centro de Busca e Salvamento Aéreo, situado na Terceira)”, assinala Rui Zambujo Madeira, acrescentando que há a intenção de ir também “ao grupo ocidental, caso seja possível e assim que a meteorologia esteja favorável”.

No passado sábado, o navio resgatou uma boia oceanográfica, com uma tonelada, pertencente ao Instituto Hidrográfico norte-americano.

“Recolhemos uma boia hidrográfica, que começou a sua amarração no golfo de Maine e derivou para oeste da ponta da Ferraria (em São Miguel), havendo até possibilidade de perda de todo o equipamento na boia. No âmbito da operação, acabámos por recolher a boia para que pudesse ser devolvida ao instituto norte-americano”, revela.

O navio está pela primeira vez em missão nos Açores, onde irá permanecer até 30 de dezembro.