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Programa “Sente a História” deixa 273 mil euros no Alto Minho

O programa “Sente a História”, que levou 30 concertos e outras tantas visitas guiadas a locais históricos do Alto Minho, aplicou 82% do investimento, 273 mil euros, no distrito de Viana do Castelo.

O produtor do evento, David Martins, explicou à Lusa, a propósito da apresentação na biblioteca de Monção dos resultados da iniciativa daquele programa que decorreu desde 09 de janeiro até hoje, que “82% do investimento total do ‘Sente a História’”, orçado em cerca de 314 mil euros, foi aplicado na contratação de artistas, empresas e serviços da região”.

“Só 18% do investimento do programa é que saiu do distrito de Viana do Castelo. Isso é o que é extraordinário no ‘Sente a História’”, sustentou.

A verba de 273 mil euros serviu ainda para suportar “a contratação de serviços técnicos a empresas da região, a aquisição de mais de 1.500 refeições em restaurantes locais, alojamento de artistas e técnicos e empresas de transporte”.

Em causa está o programa “Sente a História – Ação Promocional Música & Património – Novas Abordagens, Novos Talentos”, promovido pela Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho, que agrega os 10 concelhos do distrito de Viana do Castelo, com apoio de fundos comunitários do Norte 2020.

Do relatório final hoje apresentado, David Martins destacou ainda que os 30 concertos incluíram a participação de “1.500 artistas, envolvidos em 16 coletivos filarmónicos, 13 coros, 10 solistas e grupos de música de câmara e 27 atores profissionais e animadores de rua”.

Aos 30 concertos, realizados noutros tantos monumentos e locais históricos do distrito de Viana do Castelo para dinamizar o turismo da região, “assistiram mais de 20.000 espectadores”.

Hoje foi ainda lançado um CD, intitulado “Canções das Lendas e Hino do Alto Minho”, com a compilação de todos os concertos produzidos pelo “Sente a História”.

Questionado sobre a continuidade do projeto, David Martins referiu que a decisão final caberá à CIM do Alto Minho. “O mesmo projeto não pode ser financiado duas vezes com fundos comunitários, mas o relatório final que hoje apresentámos inclui três propostas que serão analisadas pela CIM do Alto Minho. Uma decisão final sobre a continuidade ou não do programa só dentro de um mês”, especificou.

David Martins apontou ainda outros resultados do programa, referindo que a projeção mediática do evento que se traduziu na produção de “248 notícias em 54 meios de comunicação social, representando um retorno publicitário estimado em 561.777 euros”.

“Na rede social Facebook, o evento teve impacto no resto do país, em Espanha, Brasil e França, sendo que ao longo de 15 meses houve rejuvenescimento do público. Atingimos quase 3.000 seguidores, mais mulheres que homens oriundos do Alto Minho, Porto e Braga, bem como da Galiza”, referiu.

Segundo o produtor do evento, “as publicações do programa nas redes sociais atingiram 25.000 pessoas e os eventos 92.000 pessoas, sendo que os “vídeos recolheram 111.000 visualizações”.

O sítio oficial na Internet do “Sente a História” registou 9.011 utilizadores, sendo que “60% são jovens e 79% com menos de 55 anos, 54% homens e 46% mulheres”.

Durante “os 600 dias do projeto foram realizadas 110 reuniões de trabalho da produção nos 10 concelhos da CIM Alto Minho, com os municípios, coros, bandas, artistas, locais dos concertos, entidades e empresas envolvidas e 86 ações de capacitação, envolvendo jovens músicos, solistas, bandas filarmónicas, coros e agentes turísticos e culturais”.